Aquelas três palavras, que tanto me engasgam,
Que tanto se impedem, que tanto se escondem,
Tem peso de pena, de pena de aço,
Da ave que nasce no sol e choca o mundo.
Que tanto se impedem, que tanto se escondem,
Tem peso de pena, de pena de aço,
Da ave que nasce no sol e choca o mundo.
Tem flores na ponta que floresce na boca,
Mas no caule carrega seus espinhos que ferem,
E tentam calar-se nos olhos que se afogam,
E morrer no silêncio de um vazio profundo.
Se afugenta na alma perdoando os pecados,
Flutuam no espaço entre boca e ouvido,
Entre cérebro e coração vigia o pranto,
Se deixa, se cospe, se degola, se esvazia.
Vive em pedaços separados por sílabas,
Desejam voar mas se permitem cair,
São quase a passagem de um lado pro outro do rio,
Que se junta com outro e num só se termina.
E aquelas palavras saem com gosto de sangue,
Tentando bordar o que havia nos olhos,
E de boca pro ar, do ar pro ouvido,
De coração pra coração em um rápido suspiro.
Ouviu-se falar,
Bem espremido e sem jeito,
Com um sussurro berrante,
Um "eu te amo" a tanto tempo esquecido.
2 Discussões:
Pois é... essa eh a arte de compor!
Outra arte que admiro mto eh a de interpretar. Confesso que esse foi demais pra minha ingenua cabeça decifrar!
mas como sempre marca...
"Ouviu-se falar,
Bem espremido e sem jeito,
Com um SUSSURRO BERRANTE,
Um "eu te amo" a tanto tempo esquecido."
e esse marcou.
Show Dih!
bjo
estas palavras sempre são as mais dificeis... até para escrever é complicado entender, mas há quem diga que estas são as palavras mais importantes... vai saber!
abraço
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