Onde o porto me espera,
Onde a saudade me sente,
Onde a fome me enche,
Onde a fome me enche,
E o ar não me assopra.
Pra lá do tempo presente,
Atrás da tua cortina,
Da janela da frente,
Para uma rua vazia.
Da janela da frente,
Para uma rua vazia.
A saída me leva,
Até a porta da entrada,
O copo cheio me esquece,
Da cerveja gelada,
O meu sangue endurece,
E meu peito dispara.
Enquanto a gente se esquece,
Imaginando o futuro,
Um raio laser atravessa,
A mente sem parafuso,
E domina o sorriso,
E acaba com tudo.
Onde a sorte me leva,
Onde a sorte me leva,
A mágica do absuro,
Quem em sã conciência,
Vira as costas pro mundo?
A bebida me leva,
A um estado obscuro,
Mas nessa hora que enxergo,
O que estava no escuro,
Com a voz carregada,
Cuspo fora o insulto.
Nem que haja somente,
Uma razão pra isso tudo,
Quero viver plenamente,
Mesmo que um tanto confuso.
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